No caso do Cinema, podíamos certamente reconhecer que o cinema palpável está cada vez mais a entrar num estado solúvel, num estado onde os efeitos visuais (sejam elesCGI effects, rotoscoping, morphing ou motion capture…) estão na verdade a ganhar o seu lugar, muitas vezes em detrimento de um argumento mais coeso ou de um elenco com extremo potencial.
Este aspecto delega muitas vezes o filme para uma posição subalterne face aos efeitos visuais, existindo diversas vezes uma dualidade técnica no mesmo projecto: o ser humano, desencadeador das acções e elemento singular na narrativa e por outro lado o poder prolífero do imaginário que os efeitos visuais oferecem.
Apesar desta cristalina nitidez sobre a importância dos efeitos visuais no mercado cinematográfico actual, esta é uma condição quase necessária para se fazer cinema comercial – ou cinema não-independente, dependendo do léxico -, isto porque, talvez os filmes sejam cada vez mais factor de evasão social, de entretenimento e cada vez menos obras de arte com valor crítico e social que de uma maneira ou de outra resvalam com o nosso próprio modo de ver as coisas e de pensar acerca do Mundo.
Este vídeo é uma óptima retrospectiva acerca do modo como em 100 anos os efeitos visuais fizeram parte activa do elenco e do imaginário de muitos filmes, crescendo e tornando-se mais viáveis à medida que nos aproximamos no tempo .
Deixo-vos também aqui a página da Wikipedia que aborda este assunto (de forma concreta e não opinativa) e também, em formato pdf, a mais recente lista, criada pela Visual Effects Society (VES) em 2007 sobre os 50 filmes de Efeitos Visuais que mais influeciaram gerações.
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